Porque gestores privados estão migrando para a gestão pública5 min read

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Aqui jaz uma “ideia nova”, defendida por uns, odiada por outros. Estou falando a respeito do ingresso de empresários no mundo da política.

 

Porém, quando digo “idéia nova”, me refiro ao fato de que se tornou mais popular nos dias atuais.

 

Não sejamos hipócritas, todos sabemos que desde os tempos de Vargas  aos dias atuais o empresariado sempre teve participação em momentos históricos da política brasileira, seja para influenciar ou apoiar Executivo e o Legislativo.   

 

Hoje, eles buscam mais: mais cadeiras, mais espaço, mais influência, mais atitude, mais transparência e mais exposição já que o Marketing está mais forte do que nunca.

 

Recentemente, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) realizou um levantamento à partir de sua base de dados.

 

Em 1998, havia somente 309 empresários candidatos a cargos políticos. Um número relativamente baixo, equivalente a somente 2% do total.

 

Em 2006, apenas oito anos depois, o número aumentou absurdamente. De 2% passou para quase 8% do total. O número de empresários candidatos havia chegado a 1.468.

Agora em 2018 os números continuaram a crescer. Até o momento foram contabilizados 2.491 empresários candidatos, número que ultrapassou a marca de 10% do total.

 

Dentre os nomes de destaque temos a candidatura de João Amoêdo do partido Novo, candidato à presidência e empresário do setor financeiro.

 

Paulo Skaf do MDB, que presidia a Fiesp, entidade que representa a indústria paulista, e também João Doria, ex-prefeito de São Paulo que é filiado ao PSDB.

 

A grande pergunta é o que levou esses homens a praticamente “abandonar” seus impérios construídos por anos para se engajarem na política ou até mesmo nessa nova carreira? Poder? Influência? Exposição?

 

Veja no tópico a seguir.

 

Senso de justiça e indignação é o que tem motivado os empresários a se engajarem na política!

 

1º. Ponto – A realidade é que nenhum brasileiro, seja ele rico ou pobre, aguenta mais tanta corrupção.

 

E, neste ponto, empresários afirmam a necessidade de uma mudança radical, que só poderia ser idealizada por alguém de fora do meio político.

 

2º. Ponto – Além da falta de opção de candidatos e os efeitos da crise econômica sobre os negócios do país, empresários candidatos a cargos políticos também são motivados por grande senso de justiça e indignação.

 

Flávio Rocha, por exemplo, se filiou ao PRB para disputar a Presidência da República, mas logo desistiu.

 

O dono da Riachuelo alegou uma espécie de “senso de missão” entre seus pares, provocada pela indignação contra a corrupção explicitada pela Lava Jato.

Enquanto, Romeu Zema, presidente do conselho de administração do Grupo Zema decidiu seguir a carreira política para buscar justiça.  Apesar de sempre pregar que seu grupo nunca se filiaria a partidos políticos.

 

Devido à crise, Zema foi obrigado a demitir centenas de funcionários de suas empresas.  Naquele momento, o empresário sentiu-se culpado pela situação.

 

Em 2017, foi convidado pelo Partido Novo para concorrer ao governo de Minas Gerais.

 

A partir daí começou a defender a tese que políticos tradicionais, se continuassem no poder, destruiriam a economia do país.

 

Considerações finais

 

Há quem diga que se um indivíduo é bem-sucedido no mundo empresarial, então ele possui o conhecimento necessário para tomar decisões sábias e sensatas em termos de política econômica.

 

Logo, esta seria uma boa escolha para assumir um cargo político.

 

No entanto, há quem discorde, alegando que é impossível o governo ser gerenciado como uma empresa, o que aconteceria se um empresário assumisse o comando.

Primeiro porque o governo, não opera com recursos próprios.

Diferente de uma empresa, o governo obtém suas receitas por meio de tributação. Consequentemente, o governo não está sujeito às demandas dos consumidores.

As receitas são garantidas. E, com receitas garantidas, o governo não está sujeito aos mecanismos de lucros e prejuízos do mercado.

Sem poder guiar-se pelo mecanismo de lucros e prejuízos, por não apresentar sistema de preços, não ter de atender as demandas e não ter de vender seus serviços, logo não há como o governo ser gerido como uma empresa.

Portanto, na visão de muitos não teria como um empresário, com pensamento de empresário, gerir o governo como uma empresa.

Claro, não é uma regra.

Assim como não se pode afirmar que só porque um determinado empresário foi bem-sucedido em seu ramo, ele será um ótimo político.

Empresários na política podem sim fazer bons governos desde que consigam aliar todo o seu conhecimento e experiência em inovação, melhor uso dos recursos, gestão de pessoas e tendo foco em transformar burocracia em processos digitais, ágeis e eficientes que passem a beneficiar a população e cada um dos cidadãos contribuintes.

Se a QAP Consultoria com a visão sistêmica e de inovação, consegue dar a seus clientes maior agilidade em seus processos e projetos a partir de um olhar de respeito aos clientes internos e externos, porque um gestor com a mesma visão humanizada e de otimização de recursos não conseguiria.

É a QAP querendo que você entenda um pouco do movimento que esta acontecendo no mercado e como podemos ajuda-los em seu dia-a-dia.

 

 

 

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